Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Vou voltar a um tema que eu adoro. Considerando que a renda
do capital segue estratosfericamente maior que a do trabalho e os recursos
usados para o pagamento de juros são bem maiores que os aplicados em programas
sociais (em todos os governos, de FHC a Dilma), fico extremamente incomodado
quando ouço ou leio pessoas reclamando que “dar dinheiro aos pobres os torna
vagabundos”.
É engraçado que ninguém reclama do dinheiro que vai às
classes mais abastadas, que investem em fundos baseados na dívida pública
federal. Grosso modo, muito vai para poucos e pouco vai para muitos. E, mesmo
assim, sou obrigado a ouvir pérolas quase que diariamente, reclamando dos
programas de transferência de renda, não no sentido de melhorá-los, mas de
extingui-los. É claro que é importante avançar na construção de “portas de
saídas” para programas como o Bolsa-Família, gerando autonomia econômica. Mas a
raiva com a qual essas iniciativas ainda vêm sendo tratadas por algumas pessoas
me surpreende. Pessoal, supera! Não há partido político que vá se eleger com
uma plataforma que cancele esses processos de transferência de renda. Isso já é
política de Estado e não de governo. CONTINUE LENDO
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