ECOS DA MICARETA VIII

Esperando a micareta de 2013

Das "Melindrosas" e "Flor do Carnaval" na primeira micareta, passando pelo "Alibabá e os 40 Ladrões" sempre "hors concurs" até os tempos áureos de "Escravos do Oriente" de mãe Socorro, as escolas de samba foram parte vivas da folia momesca, fechando no domingo e na terça-feira o esperado "préstito micaretecos", trazendo temas como o grito de liberdade, o culto ao candomblé, os encantos da cidade e tantos outros.

Em anos diferentes, Escravos do Oriente, Malandros do Morro, Os Formidáveis, Unidos de Padre Ovídio, Marques de Sapucaí, Acadêmicos da Feira  agitavam o quartel general com samba enredo de compositores da cidade. Em 1974 os Acadêmicos da Feira  levou o folião a cantar Carlos Pita (na época era Piter)

"Ô, ô, ô, Acadêmicos chegou.

Vamos falar dos encantos de Feira,

Que Georgina cantou.

Salve Feira, formosa e bendita,

Paraíso que Raimundo pintou

e Dona Helena do Bode,

Mãe de Santo

Que Exu abençoou...

Na micareta de 1980 foi a vez da escola Malandros do Morro, tendo à frente do desfile o chamado "carro da vitória", exaltar o decreto de Princesa Izabel:

"Foi  no dia 13 de maio, a Lei Áurea assinou,

o escravo fez  uma rosa de ouro,

com muito prazer à Princesa ofertou.

Chorava e sorria de emoção,

implorava a Deus, meu bom Senhor

graças da Deus a escravidão acabou

graças a Deus preto não tem mais senhor...