quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

FHC, LACERDA E A LATA DE LIXO


Por Paulo Nogueira
Fernando Henrique Cardoso está diminuindo com o correr dos anos. Não na mesma velocidade de José Serra, é certo, mas com constância.

Dona Rute faz falta? É possível. Talvez ela mitigasse a dificuldade com que a vaidade de FHC enfrenta a vantagem que Lula vai levando no combate pelo tamanho na história do Brasil diante da posteridade.

A despeito da mídia em seu ultraconservadorismo, forma-se um consenso segundo o qual entre FHC e Lula foi este último quem realmente inovou no combate ao que é claramente o maior mal do Brasil: a miséria, decorrente da abjeta distribuição de renda.

FHC acabou com a inflação, e isso é uma conquista gigantesca. Mas em políticas sociais suas realizações foram pequenas, até porque ele estava cercado de economistas que as desprezavam

Eram economistas profundamente influenciados pela Universidade de Chicago, dominada pelas ideias do Nobel Milton Friedman, um economista de grande influência mundial nos anos entre os anos 1970 e 2000.

Friedman demonizava as políticas sociais como esmolas, e defendia um Estado mínimo e desregulamentado. Reagan, nos Estados Unidos, e Thatcher, na Inglaterra, foram os maiores propagandistas do ideário de Friedman.

Vista na época de FHC como uma receita infalível para fortalecer economias, a doutrina friedmaniana se revelaria, com os anos, um fracasso colossal. Ela está na origem da crise econômica mundial que castiga a humanidade desde 2007. CONTINUE LENDO

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