Não ser virulento demais em um momento inadequado
Não partir para crítica destrutiva ao atacado
Não brigar com os resultados de pesquisas
Numa tentativa de aplacar temores quanto ao desempenho do PT na corrida pela Prefeitura de São Paulo, o marqueteiro João Santana comparou a situação do pré-candidato do partido, Fernando Haddad, com a da então candidata Dilma Rousseff em 2010.
Responsável pelas duas últimas vitórias presidenciais do PT, Santana usou outro antídoto para outro alvo de apreensão de petistas. A falta de experiência do candidato. Ao fazer palestra durante semiário do PT sobre comunicação, disse que não são necessários 30 anos para a construção de um candidato potencial.
Santana deu uma palestra sobre marketing político a militantes do PT na abertura de um seminário nacional do partido, em Porto Alegre. No evento, apresentou uma lista de recomendações para candidatos chamada de "manual de sobrevivência" nas eleições.
O marqueteiro disse que a construção de um candidato "não é uma coisa que se faz em três meses".
"Também não precisa de 30 anos. Tem candidatos que podem se tornar rapidamente vitoriosos em pouquíssimo prazo, como aconteceu com a presidente Dilma e como também vai acontecer com o prefeito Haddad."
Santana falou que uma campanha municipal precisar ter "proximidade", "materialidade" e resposta às "carências afetivas" do eleitorado.
Ao listar dicas, disse que o candidato não deve ser "virulento demais em um momento inadequado" contra um adversário que esteja liderando a corrida eleitoral.
Falou também para "não partir para crítica destrutiva ao atacado".
Sem falar no nome de Haddad, recomendou que um candidato de oposição explores os pontos de exaustão de um governo.
O "manual" de Santana incluía ainda recomendações como "não brigar com os resultados de pesquisas" e identificar pontos de exaustão dos adversários.
O marqueteiro do PT sugeriu ainda que os candidatos se apropriem de bandeiras de gestão dos oponentes, mas divulgando propostas mais arrojadas.
Santana também relembrou a campanha de 2010 e disse que, na época, falou a Dilma que ela só precisaria passar "30% ou 40%" de sua personalidade ao eleitor para vencer a eleição. "O talento que ela tem, e hoje está claro para as pessoas, para os próximos já era latente"
O publicitário disse ainda que o partido disse que o PT ainda é "vítimae um dilemas como se equilibrar entre a "comunicação de luta" ou "manutenção de poder". (Folha.Com.)
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