Quando Marechal Deodoro proclamou a república, Feira de Santana era administratada por um Conselho Municipal que tinha na presidência o médico Remédios Monteiro.
Nascido nas colônias portuguesas da África, em 1827, a bordo do navio “Nossa Senhora do Socorro”, o médico acompanhado da família, chegou e fixou residência nesta cidade em novembro de 1879 convalescendo de uma moléstia que havia posto em perigo a sua vida.
Veio em busca da recuperação da saúde, por conselho do notável médico e cientista baiano Antonio José Pereira da Silva Araújo que ao lhe sugeriu esta terra.
Mesmo doente roubava tempo do seu descanso para enriquecer a acanhada imprensa existente, escrevendo artigos sobre abolição, instrução pública, saneamento, abertura de ruas e outros temas pelo progresso da cidade.
Foi eleito conselheiro que hoje significa vereador. Chegou à presidência do conselho e como tal passou a ser dirigente maior da cidade, no caso o prefeito, como se diz nos tempos atuais.
Como comandante da cidade - o último durante o império, priorizou o cuidado com a higiene pública e particular, limpeza e manutenção do calçamento das ruas, abriu praças e estradas vicinais.
Lúcido de espírito e com grande resignação de um verdadeiro católico, Joaquim Remédios Monteiro faleceu às 4 horas da tarde de uma quinta-feira, 4 de julho de 1901.
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