Inesquecíveis algumas serestas dos anos 70. As reaizadas nos salões da Filarmônica Vitória nas noites de sexta-feira e sábado eram imperdíveis.
Após Bebé Coleira arrancar aplausos com seu saxofone e Milton Brito anunciar o início de mais uma seresta levantando a seleta plateia interpretando “Modinha”, começava o show dos “Antonio’s” da Feira: Antonio (Tuita) Caribé, Antonio (Alfaiate) Batista e Antonio (Donga) Carvalho seguidos por tantos outros seresteiros. Dia clareando, hora de terminar, Titã (da Prefeitura) Soledade, face triste, voz dolente, pega o microfone e desperta todos cantando 'A camisola do dia", de Herivelto Martins:
Amor, eu me lembro ainda
Era linda, muito linda
Um céu azul de organdi
A camisola do dia
Tão transparente e macia
Que eu dei de presente a ti
Tinha rendas de Sevilha
A pequena maravilha
Que o teu corpinho abrigava
E eu era o dono de tudo
Do divino conteúdo
Que a camisola ocultava
A camisola que um dia
Guardou a minha alegria
Desbotou, perdeu a cor
Abandonada no leito
Que nunca mais foi desfeito
Pelas vigílias de amor
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