Cláudio Motta, O Globo
O massacre em Realengo põe de volta a questão do controle das armas no centro do debate. A tese de doutorado do economista Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea, defendida em outubro do ano passado, mas cuja última versão foi entregue na segunda-feira da semana passada, traz conclusões contundentes: para cada 1% a mais de armas, os homicídios aumentam 2%. E, para cada 18 armas apreendidas pela polícia, uma vida era salva. O pesquisador acredita, ainda, que a dificuldade de ter acesso a armas poderia diminuir a gravidade da tragédia de Realengo: - Uma coisa é ter um desequilibrado e ele não ter acesso a arma, o estrago que ele pode fazer é muito menor. A grande questão é a disponibilidade à arma de fogo. Se não existisse, o desfecho seria outro. Também há a questão da segurança nas escolas públicas. Em qualquer escola particular, é necessário passar por dois ou três seguranças. (Em Noblat)
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