Fernando Henrique dava tanta importância a encaminhar a entrega do petróleo brasileiro que colocou para dirigir a Agência Nacional de Petróleo seu próprio genro, David Zylbernstein.
Não ouvimos falar em nepotismo, então, não é?
Este senhor, hoje, é, sabidamente, um dos assessores de José Serra.
E vende “expertise” na área de energia com uma empresa, a DZ Negócios com Energia, que proclama abertamente em seu site que ” a empresa foi fundada em 2002 e desde então vem assessorando empresas do setor e investidores interessados no mercado brasileiro.”
Eles estão jogando pesado para atingir a Petrobras com denúncias e, pior, com a ajuda dos grandes bancos, com especulação para produzir uma queda nas ações da empresa e tentar demonstrar o impossível: que ela não é uma empresa eficiente, produtiva, promissora e lucrativa.
Ao contrário do ditado do tempo de meus avós, quem desdenha da Petrobras, não quer comprar, quer vender esse tesouro do povo brasileiro.
Um povo que foi às ruas, há 60 anos, defendendo o petróleo que, àquela altura, apenas se imaginava haver aqui. Por uma Petrobras que comecou a produzir com dois mil barris diários e que hoje produz dois milhões de barris por dia, podendo chegar em poucos anos a quatro milhões diários.
Hoje temos não a intuição, mas a certeza de que nosso país repousa sobre uma das maiores reservas pretrolíficas do mundo.
Será possível que não possamos dizer ao povo brasileiro que, ao ir às urnas dia 31, é isso que ele estará colocando em jogo? Será que vamos ficar presos a discussões estéreis, sobre a opinião dos candidatos sobre coisas sobre as quais eles não tem nem poder nem responsabilidade e vamos deixar este tesouro ser entregue?
O povo brasileiro jamais nos perdoará se não dissermos a eles que é isso o que está em jogo. O povão, sofrido e desinformado, tem o direito de não perceber. Nós, não.
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