Marina Silva diz que não terá posição neutra no segundo turno
Do UOL Eleições
Em São Paulo
A candidata derrotada do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (14) que a neutralidade "não é uma posição" que será tomada no processo que decidirá quem ela apoiará no segundo turno da disputa, Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB).
"[A neutralidade] não é uma posição mesmo. E nós estamos advogando uma posição de apoiar um ou outro ou de independência, o que é completamente diferente de neutralidade", afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente, durante entrevista concedida ao portal Terra.
Ela classificou os candidatos de "respeitáveis", afirmando que, no plano pessoal, tem "respeito e relações de amizade com os dois". A senadora acriana terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com quase 20% dos votos válidos.
Dirigentes e militantes do PV se reunirão no próximo domingo (17) em uma convenção nacional para definir quem será apoiado pela sigla nessa etapa das eleições. A legenda está dividida quanto ao nome a ser escolhido.
No entanto, a ex-ministra não afasta a possibilidade de divergir de seu partido. “Obviamente, quando se vai para uma discussão democrática, há possibilidade de divergência. E há possibilidade de convergência”, disse no dia 6 deste mês.
Marina voltou a ser questionada sobre o impacto da discussão sobre a legalização do aborto na campanha presidencial. "Quem decide essa questão não é o Executivo, é o Congresso. Ou, no caso de ser instado o plebiscito, é a sociedade", afirmou. "Nós vivemos no Estado laico, e no Estado laico é assegurado o direito da liberdade religiosa, mas também o direito daqueles que não têm nenhuma crença".
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