NOITE DE SÃO JOÃO
Antônio Lopes
Noite de São João. A fogueira embraseada,
Frente ao velho solar de alegre fazendeiro,
Semelha rubro sol de aurora iluminada,
Colorindo de sangue o verde do terreiro.
No festivo salão, ruidoso sanfoneiro
Faz dançar, sorridente, a lépida moçada...
La fora, sob o alpendre, um grupo seresteiro
Descanta ao violão cantiga apaixonada.
Dela, porém, contemplo as choupanas vizinhas,
como gôtas de orvalho estendidas na relva,
- Na brancura exterior das paredes velhinhas.
Ascendem os balões aos céus ilimitados,
Emprestando clarão ao regaço da selva,
Sôbre o sono in fedliz dos lares desgraçados.
Antonio Lopes - o príncipe dos poetas feirenses
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