segunda-feira, 24 de maio de 2010

ALIADOS DE SERRA AINDA SONHAM COM AÉCIO PARA VICE



Em Ricardo Noblat -
Aliados de Serra ainda sonham com Aécio para vice
Juliana Prado, do Terramagazine:

Em Minas Gerais, em ano eleitoral, é sabido que "decisão política só se toma depois que passa a procissão do Senhor morto". A máxima foi perpetuada pelo precavido Tancredo Neves, que tinha a Semana Santa como prazo confortável para o início das costuras políticas decisivas.
Pois a procissão do Senhor Morto, na Sexta-feira da Paixão, passou há 51 dias e muitas decisões ainda estão por ser tomadas no Estado. Analistas do quadro sucessório entendem que a volta do neto de Tancredo, o ex-governador Aécio Neves (PSDB), a Minas, irá acelerar as negociações para a disputa ao Governo do Estado e também para a corrida ao Palácio do Planalto.
Aécio volta da viagem que fez ao exterior sob forte pressão para que aceite a vaga de vice na chapa presidencial do tucano José Serra. A última investida aconteceu na sexta-feira, 21, quando o PPS do deputado Roberto Freire voltou a defender que o seu nome é o ideal para fortalecer a chapa tucana.
Em Minas, aecistas de plantão se apressam em dizer que esta possibilidade é praticamente nula. "Se ele aceitar essa posição, e abrir mão da disputa ao Senado, que é barbada, não é o mesmo Aécio que eu conheço", disse uma liderança mineira esta semana.
Mesmo fora das mesas de negociações, de Paris, o ex-governador tucano mandou recados a seus interlocutores: sou candidato ao Senado. Os que ficaram trabalhando durante as férias do tucano, trataram de passar o recado.
Fiel escudeiro de seu criador político, o governador de Minas, Antonio Anastasia, foi um que tentou tirar as especulações de campo. "Ele reitera a mim, da maneira categórica, que sua candidatura é ao Senado. Eu acho que ele já deixou isso bem claro", alardeou nos últimos dias.
De São Paulo e de Brasília, no entanto, o PSDB dá sinais de que ainda tem esperanças no "sim" do mineiro. O partido adiou a decisão sobre o vice de Serra para o final de junho, deixando dentro da agenda eleitoral uma margem de manobra para negociar a posição.
Após as últimas pesquisas, que mostram o crescimento da candidatura da petista Dilma Rousseff, o ninho tucano se agitou e os seus integrantes voltaram a abraçar esta tese.

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