domingo, 7 de março de 2010

TÚNEL DO TEMPO DOMINICAL

Nas comemorações pelo Dia Internacional da Mulher o prefeito Colbert Martins inaugurou no bairro Conceição a Escola Eurides Franco de Lacerda, formada na primeira turma da Escola Normal. Na foto Eduardo Lacerda agradece em nome da familia, vendo-se entre outros da esquerda para a direita, o lider Eduardo Motta, o vereador Aloisio Lima, o prefeito Colbert Martins, Antonio Lima (Parque Ipê), radialista Aristides Oliveira, o relações pública do governo (hoje Secom), Adilson Simas e o vereador Hermes Sodré

DOMINGO, MARÇO DE 1980

NESTE primeiro domingo de março de 2010, lembranças da Feira de Santana no segundo domingo de março de 1980, três décadas depois.

FEIRA tinha cinco grandes hotéis – Palace, Luxor, Samburá, Caroá e Flexa. O Caroá, surgido no começo dos anos 70, desapareceria nos anos 90. Com ele o famoso “Bar Sapoti” que todo fim de tarde reunia executivos para um drinque amigo antes do retorno ao lar.

MUITOS restaurantes disputavam a preferência de visitantes e moradores da cidade. Desde o Restaurante Tão, na Rua Barão do Rio Branco, com cozinha natural e alimentação integral, aos famosos “Itália” e “Casa Caiada” com cozinha italiana.

ENTRE as opções no centro comercial, destaque para O Gibão, Veleiro, Espeto de Ouro e o Boiadeiro. Mais distantes e disputadíssimos, Safári, no Contorno; A Cancela, na Estação; Cantinho da Paz; próximo a sede dos ex Combatentes e Brisk Beer, na Av. Maria Quitéria.

SOBRE os bares, inesquecíveis os de pouco luxo, mas de muita fama. Entre eles, Boteco do Regi, do saudoso sargento Reginaldo; A Catucha, de Aniceto que “esticava” as contas dos fregueses; A Coréia, do paciente Edgar; Bar de Lambão, na Rua do ABC com sua disputada dobradinha e a Farmácia de Cumpadinho, o único ainda aberto.

POETAS, escritores, jornalistas e outros curtiam o entardecer no bar de Aniceto, enquanto a turma da velha guarda se escondia sob as escadas do bar de Edgar, ali no Beco do França. Todos eles, em dias diferentes freqüentavam o Boteco do Regi saboreando a carne de sol, de cortes padronizados, que Regi fazia com a faca que amolava no passeio.

BARES para todos os gostos. “Casa de Sinhá e Samba” e “A Cancela”, exibindo conjuntos de samba; o “Engenho Velho”, com palco e violão para quem quisesse mostrar a voz e bares também para cochichos, como o de “Tia” de Bonfim de Feira, no Beco da Coelba.

DONA Calu com suas infusões, Pingo Bar com seu chopp, Xamego, Karbaça, Bule Bule, Kalilândia, A Prosinha, O Batidão, são bares que também lembram a cidade no começo dos anos 80. Alguns já desaparecidos outros resistindo aos novos tempos.

IRIS e Timbira, os dois cinemas da cidade, ambos na Avenida Senhor dos Passos, estavam sempre lotados. Naquele domingo de março de 1980, o Timbira que não mais existe brindava os amantes da sétima arte com o filme “O Alvo de 4 Estrelas”, com Sophia Loren.

NO IRIS, palco de muitas atrações artísticas – foi nele que aconteceu o “Projeto Pixinguinha”, estava em cartaz o filme “Na Boca do Mundo”, de Antonio Pitanga. No elenco grandes nomes do teatro brasileiro e mais uma participação especial de Milton Gonçalves.

NESSES pontos de encontros, principalmente nos bares e restaurantes, os freqüentadores ficavam sabendo, seja através do rádio, seja através do jornal, o que estava acontecendo nos mais diversos segmentos das vida feirense.

NA EDUCAÇÃO, quando ainda se comemorava a inauguração do Grupo Agrário Melo, no quilometro 14 de Ipuaçu e a Escola Valdemira Alves de Brito, na Fazenda Matias, chegava a notícia de que o prefeito Colbert Martins marcou para o dia 16 a entrega de mais uma edificação,a Escola Diva Portela, no Jardim Cruzeiro, ampliando o patrimônio público.

NO FUTEBOL, o Fluminense estava mais uma vez sem comando. O presidente Albérico Novaes renunciou e foi seguido pelo vice Humberto Magalhães e demais diretores. Eduardo Lacerda, presidente do Conselho Deliberativo segurou o pepino.

NA ADMINISTRAÇÃO, o prefeito cobrava mais eficiência da Embasa, órgão estadual, na recuperação do calçamento das ruas abertas para a rede de esgotos. Era mais uma guerrinha política, entre Colbert Martins, prefeito pelo MDB e ACM, governador pela Arena.

NA POLITICA, a formação do novo PTB por conta da reforma partidária que estava em curso também chegou a esta cidade. Anunciava-se que José Falcão, Noide Cerqueira, Oscar Marques e outros oriundos do MDB ingressariam no PTB. No fim optaram pelo PDS.

NO CALENDÁRIO da cidade, mesmo marcada para de 19 a 22 de abril a micareta já estava na ordem do dia. Tanto que o secretário de Turismo, Luciano Cunha abriu no Mercado de Arte, as inscrições para a escolha de rainha e princesas da folia de momo.

NA SOCIEDADE, o “Caju de Ouro”, que só aconteceria uma semana antes da micareta, estava na pauta da diretoria do Clube de Campo Cajueiro. O presidente Osvaldo Torres, por exemplo, no dia 9 que “Sonho do Uma Noite de Verão” seria o tema da decoração.

E NO MAIS, naquele domingo, o prefeito Colbert Martins inaugurou no bairro Conceição e Escola Eurides Lacerda e a primeira-dama Elizabeth Martins inaugurou no bairro Barauna a Creche Dagmar Silva, comemorando o Dia Internacional da Mulher.
... e a primeira-dama Beth Martins, com muitos convidados, inaugurou a Creche Dagmar Silva. Na foto, entre outros, Chico Pinto, Irmã Rosa, Luciano Ribeiro, Vivi Auto Peças e na janela a saudosa Iracy de Bonfim de Feira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário