quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

UEFS VAI ABRAÇAR A LUTA DA CIDADE CRIANDO O "OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA"

Com informações colhidas por este blog
Aconteceu na manhã desta quinta feira, sob a coordenação do reitor José Carlos Barreto, uma reunião para discutir possíveis instrumentos para inserir a UEFS no debate e nas medidas contra a violência.

Foi uma reunião interna, com representação dos vários setores da UEFS (Saúde, Direito, Ciências Humanas, Educação, Tecnologia, Extensão etc.), mas também se fizeram presentes o presidente da OAB, Celso Pereira e um representante da Arquidiocese.

Inicialmente foi feita uma "rodada" de discussão sobre o tema, ficando claro que a sociedade clama quase sòmente contra a "violência do sangue", exatamente aquela mais na mídia - os homicídios etc.

Mas há muitos outros tipos de violência, até mesmo aqueles simbólicos e escondidos que precisam ser debatidos e enfrentados.

Nesse sentido, foram citados alguns exemplos: a corrupção, onde políticos desonestos violentam os contribuintes; o judiciário ineficiente que, com suas férias, recessos e folgas deixa de funcionar em 25% em cada ano;

da mulher que chega no posto de saúde com hipertensão e, depois de uma conversinha com a enfermeira, descobre-se que ela é espancada pelo companheiro. E assim por diante.

Já há, a partir da reunião promovida pela Arquidiocese, uma proposta de criar um "Forum Permanente contra a Violência", reunindo os vários segmentos (Igrejas - não apenas a católica, empresários, polícias militar e civil, prefeitura municipal, universidades - não apenas a UEFS, sociedade civil organizada).

Internamente, a proposta é de a UEFS criar o "Observatório da Violência", que poderia fazer parte do Fórum. Esse Observatório teria três funções estratégicas:
a) realizar estudos e pesquisas sobre violência, vista de uma forma mais ampla;
b) alimentar atividades de extensão da própria UEFS (intervenção direta);
c) oferecer subsídios - dados etc. - para os gestores públicos e para a sociedade poder cobrar medidas dos responsáveis.

O reitor José Carlos Barreto (foto) criará um Grupo de Trabalho para retomar a discussão e apresentar propostas para a atuação da UEFS.
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Um comentário:

  1. A iniciativa de nossa universidade é louvável e oportuna.
    A violência, nas suas inúmeras manifestações, tem crescido assustadoramente.
    Participo de movimentos, nesta cidade,há algumas décadas, por ex., do 'Quem ama não esquece'.
    Na Academia de Letras e no Instituto Histórico e Geográfico já falei sobre a necessidade de participação dos mesmos em eventos, como o da Uefs.

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