domingo, 5 de abril de 2009

TUNEL DO TEMPO DOMINICAL

ECOS DA MICARETA


1937 – Acontece a primeira micareta com bailes a fantasia nos clubes “25 de Março” e Vitória. Na Rua Direita, o carro alegórico com a rainha Eunice Boaventura e o povo cantando: “Ô abre-alas, que eu quero passar, eu sou da Lira não posso negar...”.

1944 – Por conta da II Guerra Mundial não se realiza a festa de rua. Mas nos salões da “25 de Março” todos cantam Carmem Miranda: Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim. Ó meu bem, faz assim comigo não. Você tem, você tem, que me dar seu coração.

1945 – Para realizar quatro bailes a “25 de Março” avisa por nota na imprensa: “As pessoas que não se acharem no nível social da 25 de Março é desnecessário o seu comparecimento a fim de evitar aborrecimentos com a Comissão de Porta”.

1947 – Animando o “quartel general” da folia, três carros alegóricos, ranchos, ternos e cordões. Entre estes, “Os Guardas de Momo”, de João Figueiredo e “Os Sentinelas da Rua”, de Isaac Nunes e Arlindo Pintor.

1949 – Na manhã de sábado, 23, “ruidosamente aplaudido”, chega o Cordão Cruz Vermelha, da capital. À noite, na Praça da Bandeira, Delzair Mascarenhas é coroada rainha. No domingo chega também de Salvador o Clube Carnavalesco Cruzeiro da Vitória.

1950 – A festa é realizada de 16 a 19 de abril e após o resultado final para a escolha de rainha e princesas, as três mais votadas são Adla Nascimento Sméra (5.820 votos), Marlene Costa Oliveira (3.682) e Regina Bernardes Santos (l. l33).

1954 – Péricles Soledade cria o “Trio Patury”, o primeiro da cidade. A marcha-rambo de Lamartine Babo anima os foliões “O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor. Mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu mor...”.

1966 – Sônia Cerqueira, do Feira Tênis Clube, é eleita rainha, ficando como princesas Djamira Santos, dos bancários e do Clube de Campo Cajueiro e Norma Galvão, da Euterpe Feirense. A micareta é realizada nos dias 23, 24, 25 e 26 de abril.

1969 – O forte movimento artístico e cultural cria o Baile dos Artistas sempre com a presença de nomes nacionais, como Elke Maravilha (foto), que foi a grande atração da micareta centenária. Mais tarde surgiriam os bailes das Atrizes e das Estrelas.

1970 – Acontece a última festa dirigida por uma comissão organizadora que com “livro de ouro” visita o comercio e a indústria buscando recursos. Um carro alegórico com moças uniformizadas (foto), homenageia o Fluminense, pela conquista do titulo de campeão campeão baiano de 69.

1971 – A Prefeitura cria a Diretoria de Turismo entregue a Arlindo Pitombo e assume toda a festa. Oydema Ferreira coordena nos salões da Euterpe Feirense o concurso que elege Suely Pinheiro, do bloco “Os Psicodélicos”, a rainha da micareta.


1973 – No ano do centenário, o “Baile dos Artistas” trás Elke Maravilha, Ozana Barreto (foto) é eleita rainha da micareta. Pela nova dimensão que deu a micareta, e o prefeito José Falcão passa a ser carinhosamente chamado de “Zé Festinha”.

1975 – Nos salões do Clube de Campo Cajueiro acontece o primeiro “Caju de Ouro”. Para a festa de estréia, entre outros convidados ilustres, o poetínha Vinícius de Morais e sua musa Gesse Gessy e astros e estrelas das novelas da Globo. Entre as famosas rainhas do baile, saudosa atriz sandra Bréa (foto), em 1979

1977 – Com o tema “Evocação à Micareme”, além das praças da Bandeira e João Pedreira e toda a Senhor dos Passos, a festa volta à Rua Direita, onde tudo começou em 1937. O prefeito era Colbert Martins, seu Secretario de Turismo, Antonio Miranda.

1983 – Foi um sucesso a festa de rua com a participação de 12 trios, emntre eles o Marajós (foto). Já no sábado o circuito da folia foi invadido pela E. S. Beija Flor com 150 figurantes. À frente Joãozinho Trinta e lindas mulatas cariocas, que a multidão aplaude.

1986 – Após coroada a rainha Maria Claudia e as princesas Marineide Almeida e Vandenilce Lessa, o “Zero Hora”, bloco da imprensa, sai às ruas satirizando o fracasso da passagem do Planeta Halley.

1989 – Nas ruas 16 blocos, 25 trios-elétricos, escolas de samba (foto) e o folião cantando: “Não se perca de mim, não se esqueça de mim, não desapareça. A chuva ta caindo, e quando a chuva começa, eu acabo de perder a cabeça...”. Foi a micareta “Festança no Nordeste”.

1997 – Marcada para de 26 a 29, na sexta, 25, o “Zero Hora” vai às ruas com o jornalista Valdomiro Silva, escolhido Rei do bloco. Nos dias seguintes os aplausos são para Chiclete, Timbalada, Márcia, Eva, Cheiro, Araketu, etc.


2000 - A micareta que começou na Rua Direita, chegou as praças da Bandeira e João Pedreira, atingiu a Senhor dos Passos e avançou pela Getulio Vargas é no ultimo ano do milênio transferida para a Avenida Presidente Dutra. Clailton era o prefeito e José Raimundo o secretário.

Um comentário:

  1. Caro Simas sou fã do seu blog, quero saber quem foi a rainha e as prinsesas da micareta de 1970 em Feira de Santana.

    ResponderExcluir