A luta e a resistência das mulheres
negras, que representam 28% da população brasileira, são lembradas nesta
terça-feira, 25 de julho - Dia Nacional da Mulher Negra. É uma data que destaca
o protagonismo das mulheres negras na luta por igualdade racial e de gênero, e
também para reconhecer suas contribuições significativas em diversas áreas da
sociedade, como a professora Luiza Carmo de Jesus, que atuou na rede municipal
de Feira de Santana por 24 anos.
Luíza deixou um legado de dedicação
e amor pela educação no município. A docente nasceu em 30 de agosto de
1951 e faleceu em 02 de agosto de 2006. Quase metade da sua vida foi
dedicada às salas de aula.
Ela foi a quarta filha dos nove
irmãos e a primeira da família a se formar. Começou a estudar aos 8 anos. Como
morava na zona rural do município de Mundo Novo, estudar nunca foi simples, mas
entre todas as intempéries da vida conseguiu se formar mudar sua trajetória.
Em 1981, com 30 anos, concluiu o
Magistério e já em 1982 ingressou na rede pública municipal de ensino. Durante
vinte e quatro anos atuou em escolas municipais como gestora e
professora.
Em 2005, um ano antes de falecer,
voltou às salas de aula como aluna de um curso superior para mais um desafio
aos 55 anos: mostrar o valor do estudo e da qualificação profissional. Sua
trajetória de vida não foi fácil, cheia de lutas pelo caminho, enfrentou o
racismo, as desigualdades - de gênero, socioeconômica - e a intolerância
religiosa, mas ‘ser professora’ lhe fez enfrentar tudo como sua principal
realização.
Para a chefe de Inclusão e
Diversidade da Secretaria de Educação, a professora Railda Neves,
personalidades como Luíza são fundamentais para visibilizar suas histórias e
através delas executar ações coletivas para que o machismo, racismo e misoginia
sejam desconstruídos. Mais.
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