Na página online, o Encore
Resort at Reunion se apresenta como "o espaço e a privacidade de uma
casa de veraneio com o conforto de um ambiente cinco estrelas". Mas para
atrapalhar a rotina tranquila dessa comunidade fechada, habitada principalmente
por idosos, na periferia de Orlando, a poucos minutos
dos parques da Disney e a cerca de três horas da residência de Donald Trump em
Mar-a-Lago, chegou há mais de um mês o ex-presidente brasileiro Jair
Bolsonaro e sua família.
Com isso, agora há um pouco de
vizinhos inconvenientes para todos. "Perdemos a paz, há estranhos por toda
parte. Achamos que são pessoas dos serviços de segurança, jornalistas ou
simpatizantes, mas são apenas suposições. Estamos preocupados", lamentou
Linda, uma aposentada de Buffalo.
E o mal-estar entre os hóspedes do
resort Kissimee está crescendo. "Ele não é uma pessoa muito
empática", diz Francisco, outro morador do complexo formado por casas
brancas típicas da Flórida, com jardim, quintal, garagem, academia e outras
áreas comuns.
"Ele deveria ser mandado
embora. Estamos apenas esperando que ele seja julgado por golpe de estado,
genocídio ou corrupção", argumenta ele, lembrando as 16 ações penais que
as autoridades brasileiras moveram contra o ex-chefe do Estado.
Por outro lado, a atitude de muitos
turistas brasileiros é diferente: surpresos com a presença do ex-capitão do
Exército, não deixam de se reunir em frente à sua casa na esperança de vê-lo. E
muitos parecem até ter conseguido, garantindo selfies e autógrafos.
Mas, segundo alguns faxineiros,
foram poucas as vezes em que Bolsonaro foi visto andando pelas ruas tranquilas
do complexo. Mais.
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