Remédios do SUS destinados ao
tratamento de malária estão sendo vendidos em grupos de WhatsApp em que
garimpeiros comercializam de tudo, de balsa para exploração de minérios a
mercúrio em Roraima. O Ministério da Saúde apura se houve desvios
dos medicamentos que seriam destinados a indígenas Yanomami.
No grupo, chamado de "Amigos
do Rio Uraricoera" – em referência à principal via fluvial usada pelos
garimpeiros para
chegar aos acampamentos dentro da Terra Indígena Yanomami –, uma
pessoa segura cartelas de medicamentos e faz a oferta: "tratamento
para malária". Outra anuncia: "remédios para malária
disponível".
Em outro momento, um homem
compartilha uma imagem do medicamento "artesunato
+ mefloquina" e pergunta: "alguém te disponível eu quero 50
tratamento desse [sic]". O remédio é indicado para o tratamento de
malária Plasmodium falciparum, o tipo
mais grave da doença e que pode levar à morte.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
suspeita que o artesunato + mefloquina foi desviado para atender garimpeiros
invasores. Por isso, uma
investigação foi aberta.
O Ministério da Saúde disse que
está apurando as denúncias e irá investigar os casos junto aos órgãos
competentes.
Nas mensagens sobre o medicamento
de malária, todos têm os números de telefone com o DDD 95, de Roraima. Foi em
um grupo também chamado de "Amigos do Rio Uraricoera" que, em maio do
ano passado, uma mulher
foi ofertada como prêmio principal de um bingo destinado a garimpeiros.
Mais.
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