Após dois meses consecutivos de
resultados positivos, as contas públicas voltaram a fechar no vermelho. Segundo
o Tesouro Nacional, em novembro, o Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) registrou um déficit primário de R$ 14,7
bilhões.
O desempenho negativo para o último
mês já era esperado, mas o prejuízo foi muito superior aos cerca de R$ 1,3
bilhão previsto por especialistas do mercado financeiro consultados pelo
Ministério da Economia, na pesquisa Prisma Fiscal. Em novembro de 2021, o
superávit foi de quase R$ 4,2 bi.
O resultado primário representa a
diferença entre as receitas (ou seja, os recursos financeiros recebidos por
meio da cobrança de impostos, taxas, contribuições, entre outras fontes) e os
gastos do Governo Central, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida
pública.
De acordo com o Tesouro Nacional,
se por um lado, houve, em novembro, uma redução real da receita líquida, por
outro, as despesas totais aumentaram. Comparando com o resultado de novembro de
2021, a receita líquida foi 9,4%, ou R$ 13 bilhões, inferior, enquanto as
despesas totais cresceram 4,6%, ou R$ 6,1 bilhões. Entre as causas da queda na
arrecadação, estão a retração da ordem de cerca de R$ 10,6 bilhões nas receitas
não administradas e a queda na arrecadação do Imposto Sobre Produtos
Industrializados (IPI) devido à redução de 35% nas alíquotas.
Já o crescimento das despesas foi
atribuído a fatores como o aumento das despesas obrigatórias, em especial o
pagamento do Auxílio Brasil e o pagamento de benefícios previdenciários, já que
o número de beneficiários cresceu de 3,4% entre outubro de 2021 e outubro de
2022, entre outras. Mais.
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