domingo, 30 de agosto de 2020

LEMBRANDO AQUELA CÂMARA




Antes de fixar residência em Feira e de se tornar pecuarista em Camisão, nome antigo de Ipirá, João Martins Mamona vivia nas Umburanas, sendo durante o Estado Novo um daqueles coronéis de fazer valer suas ações

Caboclo grandalhão, forte, alegre, otimista, Mamona era apenas o sobrenome no registro, pois na verdade era um jequitibá e tinha disposição para qualquer tipo de luta. Velho amigo de Getúlio Vargas, o presidente sempre o distinguia mesmo quando estava entre  a multidão dos comícios.

João Mamona foi vereador nesta cidade, com destacada atuação na 2ª legislatura, instalada em 1951, sendo inclusive o responsável pela criação na câmara da Biblioteca Francisco Sales Barbosa, homenageando o grande jornalista e poeta feirense..

Contam que Mamona estava discursando e sem que tenha  concedido aparte, foi interrompido pelo vereador Tito Machado, tio de Franklin Machado, com duras criticas ao tema abordado pelo orador. Irritado com a intromissão indevida, Mamona bradou causando risos na plateia:

- Acabo de ser interrompido pelo machado cego.

Houve sururu no plenário da câmara porque Tito Machado, sempre ferino, devolveu a ironia dizendo ao grandalhão João Mamona:

O Machado é cego, excelência, mas serva para derrubar mamona...

 

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