Antes
de fixar residência em Feira e de se tornar pecuarista em Camisão, nome antigo
de Ipirá, João Martins Mamona vivia nas Umburanas, sendo durante o Estado Novo um
daqueles coronéis de fazer valer suas ações
Caboclo
grandalhão, forte, alegre, otimista, Mamona era apenas o sobrenome no registro,
pois na verdade era um jequitibá e tinha disposição para qualquer tipo de luta.
Velho amigo de Getúlio Vargas, o presidente sempre o distinguia mesmo quando
estava entre a multidão dos comícios.
João
Mamona foi vereador nesta cidade, com destacada atuação na 2ª legislatura, instalada
em 1951, sendo inclusive o responsável pela criação na câmara da
Biblioteca Francisco Sales Barbosa, homenageando o grande jornalista e poeta
feirense..
Contam
que Mamona estava discursando e sem que tenha concedido aparte, foi interrompido pelo
vereador Tito Machado, tio de Franklin Machado, com duras criticas ao tema
abordado pelo orador. Irritado com a intromissão indevida, Mamona bradou causando
risos na plateia:
-
Acabo de ser interrompido pelo machado cego.
Houve
sururu no plenário da câmara porque Tito Machado, sempre ferino, devolveu a
ironia dizendo ao grandalhão João Mamona:
O
Machado é cego, excelência, mas serva para derrubar mamona...