Por Fernando Brito
A decisão do Ministro Luiz Fux de impedir a destruição das
cópias dos arquivos em poder dos “hackers de Araraquara” anunciada por Sérgio
Moro e, sobretudo, de exigir o envio de cópia ao STF é um sinal evidente de que
acabou a solidariedade automática ao ex-juiz e atual ministro da Justiça.
O “In Fux we trust” dito por Sérgio Moro numa das gravações
perdeu a validade.
Ao escrever, no seu despacho que “a formação do
convencimento do plenário desta corte quanto à licitude dos meios para a
obtenção desses elementos de prova exige a adequada valoração de todo o seu
conjunto”, Fux deixa implícito que todos os ministros poderão ter acesso ao
conjunto de provas, antes de, eventualmente, decidir-se por sua destruição.
É a segunda decisão, em um dia, que contraria a recusa total
das provas obtidas no escândalo da “Vaza jato”.
Até onde isso irá é coisa demorada, como são demorados os
escândalos políticos.
Sérgio Moro ainda está no início do aprendizado de que que
não há sócios na desgraça.
Como está ainda no início a sua própria desgraça.
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