sábado, 1 de junho de 2019

TUTTI BUONA GENTE


Por Fernando Brito

Rubem Valente traz hoje, na Folha, a história de mais um personagem – e mais um PM – da tropa do gabinete de Flávio Bolsonaro.

Trata-se do sargento Marcos Domingos, um dos que está na lista das quebras de sigilo do caso Fabrício Queiroz e que, digamos, “serviu” como “assessor externo”, com a missão de percorrer quartéis da PM.

Numa terça-feira, 27 de fevereiro do ano passado,  este então “assessor externo” agrediu e ameaçou a revólver um empresário da área farmacêutica, alegadamente porque um ex-sócio teria feito com ele um dívida de R$ 50 mil e não pagou.

Tudo, claro, como era comum neste ambiente de “tutti buona gente”, “de boca”, sem promissória, sem cheque pré-datado, coisa de amigo, como fez Jair Bolsonaro com o próprio Fabrício.

Desconhece-se como um modesto sargento da PM dispõe de R$ 50 mil assim, para emprestar sem garantias, a alguém que não sabe nem por onde anda, já que foi cobrar do ex-sócio.

Fabrício sabia escolher, não é?

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