Por Fernando Brito
A Folha revela mais trechos, exclusivos, da troca de
mensagens entre os procuradores da Lava Jato.
Desta vez, o escandaloso diálogo entre Deltan Dallagnol com
o procurador Athayde Ribeiro Costa, onde o coordenador da Lava Jato tenta
encomendar uma operação de busca e apreensão contra o então senador eleito pela
Bahia, Jaques Wagner, sem nenhuma
motivação senão a política, pois temia que, com mandato, o ex-governador
passasse à jurisdição do Supremo Tribunal Federal:
“Isso é urgentíssimo. Tipo agora ou nunca kkkkk”(…) só
podemos fazer BAs [operações de busca e apreensão] nele antes [da posse]”.
Às objeções de que não havia elementosa para justificá-la e
de que Wagner já havia sofrido uma investida policial, Dallagnol responde que ”
se tivermos coisa pra denúncia, vale outra BA até, por questão simbólica”.
Simbólica, vejam só.
Athayde se refere à possibilidade de encontrarem razões em
outro processo e Deltan comemora: “isso seria bom demais”.
O efeito condreto disso é que, na primeira sessão do Senado,
Deltan Dallagnol srá convocado a depor na casa. Convocado, não convidado,
porque mesmo aos lavajatistas será difícil negar ao colega o direito de
inquirir seu perseguidor com as devidas consequências legais.
Ao marreco, segue-se o pato.
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