Por Fernando Brito
Não são de interesse público – e portanto não são do
interesse deste blog – nem o prendedor de gravata “pistolão” do
filho do presidente da República nem a lingerie de sua mulher. Vestir ou
despir em público o que quiserem é problema exclusivamente pessoal, questão de
bom ou mau gosto, que não se discute.
Mas é algo que importa a todos perceber o comportamento de
gente que usa isso como “meme” nas redes sociais, o que enche de significado propagandista o que seria
exclusivamente pessoal.
Não é exagero, antes é parcimônia, dizer que os Bolsonaro envolvem tudo o que fazem numa
atmosfera sexual, numa exacerbação do instinto sobre o racional.
A “moral”, a “indecência”, a “safadeza” servem para
classificar o comportamento do “inimigo”.
No seu próprio mundo, conservador, vale dizer que “é
pequeninho como o de japonês” ou grande como um prendedor de gravatas ou dizer
que “mulheres de direita são mais bonitas’ e ‘higiênicas“.
Sexualidade, comportamento
e estética são apropriados como elementos de propaganda política,
descaradamente.
A mentalidade exibicionista de adolescentes tomou conta do
comando do país e toma conta da
comunicação do clã.
Não é à toa que as metáforas presidenciais se referem sempre
a “namoro” e “casamento” quando trata das relações com ministros, presidente da
Câmara e parlamentares. O sentido torto da consumação destes ensaios, na
imaginação destes senhores, deixo que o leitor conclua.
Mas, sem problemas: Freud devia ser comunista…
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