Por Luis Nassif
A nova denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal
contra Lula, em São Paulo, é mais um capítulo vergonhoso de perseguição movida
por um poder de estado contra um cidadão despido de todos seus direitos. Não um
cidadão qualquer, mas uma das personalidades políticas mais respeitadas fora
deste país liliputiano.
Trata-se daquelas denúncias que não se sustentam nem sob a
ótica da verossimilhança.
Segundo reportagem do Estadão (clique aqui), em 2011 e 2012
– portanto, sem ter nenhum cargo público – Lula teria intercedido por uma
empresa brasileira junto ao presidente da Guiné Equatorial. Qual a acusação a
Lula? O de ter influenciado o presidente de outro país no exercício de sua
função! Não era Lula no exercício da sua função, mas o presidente da Guiné Equatorial.
Lula o influenciou como? Não foi com propina, caixa 2, mas com seu prestígio
pessoal, na condição de ex-presidente da República, não de um Presidente no
gozo de seu mandato.
Em 2016 – ou seja, 4 anos depois! – houve uma doação de R$ 1
milhão da empresa ao Instituto Lula. A única ´´prova´´ que une tudo é um e-mail de Miguel
Jorge ao Instituto, em 2011, dizendo da intenção da empresa em contribuir com o
Instituto.
No final do processo, qualquer juiz isento desqualificará a
denúncia. Como a desqualificaria qualquer procurador que colocasse a busca da
justiça acima do jogo político.
Mas o objetivo político mais uma vez estará alcançado.
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