Por Fernando Brito
O presidente eleito, que discursa todo o tempo contra as
cotas de inclusão para negros na educação, já apresentou, ele próprio, um
projeto de lei – o PLP – 354/2006 – propondo que metade das vagas de deputado
federal fosse reservada a parlamentares originários “das populações negras e pardas”.
Na justificação, ele escreve:
“A cada dia se torna mais freqüente o surgimento das
chamadas ações afirmativas, que buscam a inclusão de minorias e segmentos ditos
“menos favorecidos”. Neste sentido, a previsão de cotas para as populações
negras e pardas em Universidades Públicas ilustra bem esse contexto.
O exemplo tem que vir desta Casa que, por essência, é a
legítima representação do povo e, em assim sendo, deve possuir de forma proporcional
representantes de todos os segmentos sociais.”
Mas, calma… Apesar de ter subscrito o projeto, Bolsonaro
esclarece que o faz por deboche:
“Mesmo sendo autor da proposição, por coerência, votarei
contra esta matéria.”
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