Por Fernando Brito
O ministro indicado da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez,
demonstrando seu sabujismo, anuncia na Folha que o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, está “liberado” para examinar previamente a prova do Enem.
Como, possivelmente, o sr. Bolsonaro terá dificuldades
cognitivas para examinar uma prova de 90 ou 100 questões sozinho, certamente
formará uma “junta revisional” para fazê-lo por ele ou ajudá-lo a fazer, tá ok?
Portanto, mais quatro ou cinco pessoas a conhecerem, com
livre acesso a um documento cuja reserva deve ser mantida a todo custo.
E quem serão os nomes adequados para fazer este “exame
ideológico” do questionário aplicado aos alunos de segundo grau?
Quem sabe não se aproveita gente como o histérico Fernando
Holiday, o deputado eleito Kim Kataguiri, o seu colega Alexandre Frota e o
neoeducador Daniel Silveira, o “farejador de merdas”, que estreou ontem no
campo da censura educacional?
Não basta que a educação no Brasil seja deficiente, não
basta que vá se tornar uma tragédia macartista, é preciso torná-la, também, uma
piada internacional.
Quem sabe o que vai acontecer? Será que numa pergunta sobre
reprodução das células, Bolsonaro vai ver a expansão marxista, porque afinal
célula é grupo de comunistas? Destinar-se-ão os fagócitos a envolver e destruir
os valores cristãos? Será que a mitose seria uma maneira transversa de falar
mal do “mito”?
A estupidez parece não ter mais limites.
PS: Que tal a palavra de ordem “a nossa hemácia jamais será
vermelha”?
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