Tempos idos
Há 61 anos – 1957
“A Gazeta”
O jornal de Pedro Matos noticiou
que Tereza Batista, figura do cotidiano da cidade que “vivia no relento,
abeirada à porta de um estabelecimento comercial, foi transferida para o
Albergue Noturno”, onde hoje existe a sede do Fluminense, entre outros órgãos:
Naquele tempo o poeta Antônio
Lopes, conselheiro do Fluminense, publicou estes versos sobre a velha Tereza:
Maria Tereza – mãe preta esquecida
Dos homens, das glórias, dos
sonhos, de Deus! -.
Você é a mais triste tristeza da vida,
E os prantos mais tristes da vida
são seus!”
Dormindo na rua, sem pão, sem
guarida
Distante das lutas dos loucos
proteus,
Você traz nas faces – a tela querida
Mostrando o calvário infinito do
adeus.
Quem sabe, velhinha, se, à porta
fechada,
Em cujo batente eu a vejo
sentada,
Não lhe ouve o queixume a feliz
natureza?!
No entanto, impassível, a gente
perpassa,
Seus trapos fitando com ar de
chalaça...
Mãe preta esquecida – Maria
Tereza!
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