O linguista e colunista do 247 Gustavo Conde comenta algumas
características da obra de Belchior, compositor morto há um ano; Conde afirma
que "Belchior constrói scripts que conduzirão toda a sua obra de maneira
quase obsessiva"; para o linguista, o compositor "lida com dicotomias
retoricamente muito poderosas e geradoras de energia narrativa: o velho e o
novo, o passado e o presente, o conhecido e o desconhecido, o contemplado e o
contemplador, o cantor e o ouvinte, a origem e o fim, o popular e o erudito e a
urgência e o vagar"; "esses contrários são as molas narrativas que
lançam em cena um sujeito tomado por uma tensão filosófica incessante"
conclui Conde
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