segunda-feira, 30 de abril de 2018

FALANDO SÉRIO, TUDO PODERIA COMEÇAR COM UM TIRO DE CANHÃO NO PROJAC


Por Armando Rodrigues Coelho Neto

“Estou à beira da depressão”, escreveu uma amiga no Facebook. Não publique isso, comentei, pois é fazer o jogo do inimigo. Foi assim que me perdi na engenharia do golpe, na vã fantasia de exercer a resistência mínima permitida. Enquanto Sejumoro brincava de ser “bonzinho” dando prazo para o eterno presidente Lula se apresentar em Curitiba, a ilusão de resistir se desenrolava em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo/SP. Um movimento de pseudo ou quase reação tímida contra a opereta bufa de um tiranete. Tudo muito aquém da violência contra o maior líder da história contemporânea nacional. Mas, ficou a ilusão de resistência, com arrefecimento de ânimos, muito bem proporcionado pela engenharia do golpe.


A engenharia do golpe vem trabalhando com a emoção, pois sabe a dimensão de quão despolitizada é a grande massa social. No fundo, sabe que Lula não é o ladrão que tentam impor e que a riqueza que tentam atribuir ao ex-presidente é tão pífia quanto a dinheirama de Roseana Sarney veiculada no Jornal Nacional (Abaixo a Globo!). Naquele episódio, em 2002, Marinhos, Moros e Malafaias sabiam, assim como qualquer adulto sério, que aquela dinheirama não elegeria um vereador no estado do Maranhão. Mas, era muito dinheiro aos olhos do povo, num jogo de cena capaz de acabar com a candidatura daquela que poderia ter sido a primeira mulher presidenta da República. Ainda bem que não, mas ilustra a manipulação.

A dinheirama de Roseana Sarney tem o mesmo papel do tríplex de Guarujá, objeto de um inquérito que virou obsessão de Sejumoro, que hoje peita a dita Corte Suprema: quebra a dentadura, mas não larga a rapadura.

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