segunda-feira, 2 de abril de 2018

A SUBLEVAÇÃO TOGADA


 Por Fernando Brito

O “manifesto” de juízes e procuradores, disfarçado de “nota técnica”, agora encabeçado pelo indecoroso ex-Procurador da República, Rodrigo Janot -um homem ao qual o recato não durou seis meses e que agora se dedica a questionar sua sucessora e chefe (pois ainda está na ativa) Raquel Dodge – representa uma intolerável sublevação de parte do MP e da Magistratura contra a ordem jurídica.

Não é difícil provar que assim é, apenas substituindo os personagens e o cenário.

Alguém consegue imaginar – para ficar na Justiça que tanto idolatram – um abaixo-assinado de magistrados norte-americanos dizendo como a Suprema Corte deve julgar determinado caso?

Ou figurar que capitães e coronéis subscrevam advertências ao Alto Comando do Exército?

As pressões se tornaram tão intensas que a sessão do STF, na quarta-feira, assume ares não apenas de decisão jurídica mas também de natureza administrativa-disciplinar.

Do contrário, estabelecer-se-á a regra de que as decisões do Supremo, agora, serão tomadas pelos ativismos de juízes e promotores: eles decidem o que a corte vai, apenas, formalizar.

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