Por Fernando Brito
Parece incrível que não se a tenha feito, até agora, mas a
entrevista de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, com o ex-presidente Lula é, afinal, um
roteiro para entender o que sente, pensa e tem diante de si o franco favorito
nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de daqui a apenas
sete meses.
Seja ou não candidato – e ele é e será até (e se) o tornarem
impossível – Lula deixa claro seu entendimento de que PT e PSDB farão, outra
vez, o duelo final das eleições, até mesmo se for indiretamente: “pela direita,
ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos; pela esquerda, ninguém será
presidente sem o PT”.
Lula diz ainda que, sob a batuta do ex-procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, a Globo tentou o “golpe do golpe” sobre Michel Temer
e este o enfrentou e ganhou nas votações na Câmara, duas vezes, ” não se sabe a
que preço.”
Sem demonstrar qualquer abatimento, ele afirma que vai para
o enfrentamento, do jeito que puder ir: “Eu não tenho essa perspectiva nem de
me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu
lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse país. É por isso que
eu estou aqui, fazendo a minha guerra.”
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