Por Fernando Brito
Como na frase famosa dos comentaristas de futebol, não
existe mais time bobo na política.
Não existe, senão como desculpa, essa história de que
figuras do Judiciário estariam aconselhando Lula a adotar uma política mais
branda e a não questionarem o Judiciário, depois que o Judiciário, numa
atitude belicista, condenou, agravando a
pena, o ex-presidente.
Quem quer acordo não enfia a espada no adversário.
A corporação está decidida a usar a força e a autoridade
contra o ex-presidente e ele só tem como arma a legitimidade de sua
representação do sentimento popular.
Não adianta Lula apresentar-se como “moderado” e “bonzinho”,
por mais que o seja e que seus governos o tenham mostrado. Inclusive indicando
seus atuais algozes para os cargos que ocupam na Justiça.
Salvo os piores e os melhores caráteres – e os primeiros são
mais abundantes no gênero humano que os segundos – assim que nomeados, juízes
das cortes supremas passam a ser regidos
pela mídia e pela corporação judicial, não pelos que os indicaram.
Não me perderei em exemplos, tantos que são.
Mas isso não os faz burros, ainda que os faça, no mais das
vezes, cínicos.
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