Por Tereza Cruvinel
Esta
primeira pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial representa uma espécie de
marco zero da corrida, e Lula larga com vários corpos de vantagem sobre todos
os concorrentes. Certamente por isso mereceu tão pouco destaque por seu
patrocinador, jornal O Globo. É
preciso olhar com mais atenção para a consulta espontânea do que para a estimulada
para se constatar claramente que a força de Lula provoca o desespero de seus
adversários. Na pesquisa espontânea,
quando o eleitor declara sua preferência sem consultar uma cartela com nomes, o
ex-presidente obtém 26%, praticamente três vezes mais que o segundo colocado
nesta modalidade, Jair Bolsonaro (9%),
13 vezes mais que Marina Silva (2%), enquanto todos os outros candidatos ficam com apenas
1%. A pesquisa espontânea, quando falta muito tempo para o pleito, é o
indicador mais consistente da solidez de uma candidatura. Ou seja, Lula é a
única força eleitoral realmente viva no quadro eleitoral e Bolsonaro a
encarnação anêmica, porém melhor sucedida, do anti-lulismo.
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