Por Fernando Brito
Lauro Jardim, na sua coluna de hoje em O Globo, dá uma pista
sobre os misteriosos financiadores do filme de apologia à Lava Jato, o tal “a
Lei é para Todos”.
“Quem bancou o orçamento de R$ 15 milhões para botar nos
cinemas no dia 7 de setembro a megaprodução “PF — a lei é para todos”, o filme
da Lava-Jato? Seus produtores não dizem sob hipótese alguma. O que se sabe até
agora é que foram 30 investidores reunidos pela paulista Saga Investimentos”.
A Saga Investimentos é um empresa controlada pelo
milionário Sergio Antonio Garcia
Amoroso, que comprou, no governo Fernando Henrique Cardoso, por um real, o
falido Complexo do Jari, um imenso e polêmico projeto de produção de celulose
na Amazônia, que pertencia ao lendário Daniel Ludwig, um milionário americano
que afundou em dívidas sua aventura no que se chamava então de “inferno verde”
e que foi comprado antes por Augusto Trajano de Azevedo Antunes, da Caemi.
A venda teve, segundo publicou, naqueles dias, a Folha,teve
a participação do BNDES, um dos maiores credores do Projeto Jari.
Amoroso aparece na foto acima com João Doria, como
representante do Graacc – Grupo de Apoio
ao Adolescente e à Criança com Câncer -, uma instituição beneficente que opera 90% das suas atividades com
recursos do SUS.
Ele e Mário Frering, herdeiro de Azevedo Antunes – e quem lhe repassou o Jari – são fundadores
da WWF-Brasil, “Fundo Mundial para a Conservação da Natureza”, justo o dono e o
ex-dono do Jari…
O mundo dá voltas, não é?
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