Por Fernando Brito
A melancólica cena de um plenário vazio, com dúzia ou dúzia
e meia de parlamentares, durante a leitura da acusação de corrupção passiva
feita pela Procuradoria Geral da República, não é, diz hoje Bernardo Mello
Franco, na Folha, apenas o desinteresse pelo cumprimento de uma formalidade
processual.
O Planalto conta com essa inércia para segurar Temer na
cadeira. A fidelidade ficou mais cara, mas ainda parece possível comprá-la com
a distribuição de cargos e emendas.
Se é difícil convencer 172 deputados a defender Temer no
microfone, a solução pode estar no plenário vazio. É por isso que o governo
passou a apostar nas ausências para barrar a denúncia. A ideia é manter os
parlamentares longe de Brasília ou bem escondidos, como aconteceu na primeira
leitura da acusação.
Então, fica combinado assim.
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