Por Fernando Brito
Ueslei Marcelino, da Reuters, fez uma foto de Michel Temer
que traz, de imediato, a lembrança de outra, do gaúcho Erno Schneider, que
conheci como chefe da fotografia de O Globo, que clicou os desorientados pés de
Jânio Quadros.
Não que Temer lembre Jânio, homem com trajetória política
feita no voto e, mesmo com suas inconvencionalidades, de muito mais compreensão
do Brasil e do mundo que este sujeito miúdo, que emporcalha a Presidência do
Brasil.
Apenas naquilo que os pés revelam, a desorientação.
Temer, nesta virada de noite, reúne o que lhe resta para ver
como contra-atacar.
Não tem mais com o quê.
Pode ser que ainda não tenha perdido os meros 172 votos de
que precisa para ver recusada a abertura de processo e seu afastamento.
Mas está em marcha batida para isso.
Não se subestime a possibilidade de renúncia de Michel
Temer, não como um gesto de grandeza, que ele positivamente não tem.
Pode ocorrer por pequenez, algo em que Michel Temer é um
gigante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário