A cada dia que passa, João Dória se revela menos o prefeito
de todos os paulistanos e mais o prefeito de uma facção radical. Prima pelo
desrespeito a adversários, a cidadãos, a sindicalistas, a trabalhadores e ao
seu próprio secretariado. Manifesta uma clara vocação para humilhar os outros.
Mais ofende do que agrega; mais agride do que une. Despreza um princípio que
deveria ser cardeal na conduta de todo governante: promover a concórdia dos
governados, a paz e o entendimento com todos. Como principal magistrado do
município, deveria buscar sempre a mediação racional para resolver os
conflitos. Mas faz o contrário: os estimula, com práticas de arruaça política.
Se, pela sua esperteza e inteligência, Dória deixava dúvidas e esperanças
acerca de seu potencial de evoluir para a condição de um líder político
efetivo, aos poucos, pela atitudes agressivas e facciosas com que se conduz,
vai consolidando a impressão de que trilhará cada vez mais o caminho dos
vaidosos e dos inconsequentes.
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