Por Fernando Brito
Em 2015, o Ministério Público tucano, digo, paulista, foi à
Justiça para impedir que a Avenida Paulista fosse fechada aos domingos e
feriados para o lazer do paulistano.
Não se podia atrapalhar o “direito de ir e vir” dos
automóveis.
Agora, a Justiça tucana, digo, paulista, proíbe o 1° de Maio
na Avenida porque não se pode atrapalhar o lazer do paulistano.
Não sei se o juiz que concedeu esta ordem está entre os 70%
dos magistrados paulistas que recebem mais que o teto constitucional , conforme
revela pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, publicada hoje pela Folha.
Não é o caso de se perguntar o que se tira dos paulistas (e
dos paulistanos) com sua farra salarial.
É legal, é direito, é justo.
Não é legal, nem direito, nem justo que os que ganham 40
vezes menos queiram se reunir para, pelo menos na velhice, terem direito a uma
“merreca”.
Gente que pensa assim também tem o direito de ir e vir.
Sobretudo o de ir. Ir para o inferno.
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