Por Fernando Brito
Cresce a importância da greve geral de sexta-feira.
O resultado da votação em favor da reforma trabalhista,
embora favorável a Temer, está longe de ser definitivo, porque subirá ao
Senado, certamente sofrerá modificações e, por isso, terá de ser confirmado na
Câmara, isso lá para o segundo semestre.
O ponto central é que, mesmo nesse projeto, embora
produzindo lesões gravíssimas aos direitos dos trabalhadores, não há
esclarecimento da população sobre sua natureza, ao contrário do que parece
estar acontecendo em relação à reforma da previdência.
Mas não é possível tapar o sol com a peneira, e Temer, com
os 296 votos que obteve, chegou perto dos 308 votos necessários para a degola
previdenciária.
Faltaram 12 votos e comprar 12 votos com favores e pressões
está longe de ser impossível.
Dada a canalha parlamentar que temos, só o medo pode
detê-los e é preciso deixar evidente que será grave a pressão da rua contra um
governo que tem meros 4% de aprovação.
Nada é mais perigoso do que um governo em dissolução, como o
que temos.
Mas, também, nada tão frágil.
Derrubar a degola das aposentadorias é a única forma de
preservar os direitos dos trabalhadores
em atividade.
Derrotado na reforma previdenciária, faltará ao governo,
mesmo com toda a pressão empresarial, a condição de concluir a liquidação da
CLT que começou a decretar hoje.
A partir de agora, a luta contra o projeto da Previdência
passou a ser também a luta pelos direitos dos trabalhadores ativos.
Derrubar a emnda da Previdência passou a ser a chance,
também, da salvar a CLT e o direito do trabalhador hoje e já.
Nenhum comentário:
Postar um comentário