"Um ano e meio depois de conquistar manchetes
favoráveis ao repetir uma velha e boa expressão infantil que define a liberdade
de expressão, Carmen Lúcia baixou o sigilo sobre as delações da Odebrecht, numa
iniciativa que abre caminho a vazamentos seletivos, primeiro passo para a
manipulação de informações", escreve Paulo Moreira Leite, articulista do
247. "A prática Lava Jato-mídia mostra que se a ministra tivesse liberado
o conjunto de documentos, que são oficiais e têm fé pública, teria assegurado a
206 milhões de brasileiros o acesso a denuncias que podem ser gravíssimas, mas
que podem ser mastigadas e digeridas com transparência e conhecimento de causa.
Com a proibição, coloca-se o próximo passo de uma crise que pode decidir os
destinos de Temer e de sua sucessão a disposição de um pequeno círculo de
iniciados, que poderão racionar e tomar providências de seu interesse"
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