Por Fernando Brito
A Folha anuncia que foi cancelada a compra da despensa do
avião presidencial:
Após a repercussão negativa, o governo cancelou no fim da
tarde desta terça-feira (27) uma licitação que previa a compra de alimentos de
alto padrão para abastecer o avião do presidente Michel Temer, com gastos
superiores a R$ 1,7 milhão.Eram sorvetes de marcas famosas, sucos, pães
especiais, refeições com direito a entrada, prato principal e sobremesas,
cápsulas de café, sanduíches, entre outros. Em seu Twitter, o ministro Eliseu
Padilha (Casa Civil) disse que houve “orientação presidencial” para o
cancelamento do pregão.
Como disse na primeira postagem, não me impressionam os
detalhes da marca de sorvete ou frescuras do tipo “sal do Himalaia”.
O que impressiona e que tem tido pouca atenção é a
quantidade dos itens a serem adquiridos.
Um tonelada e meia de torta.
10.120 almoços e jantares.
Mil cafés da manhã, cinco mil sanduíches, 600 lanches.
A apuração correta desta história é impessoal.
Basta indagar quantas viagens fez o avião presidencial em um
semestre e quantas – nem precisa saber quem – pessoas integravam o séquito de
acompanhantes.
Ou a compra é demasiada ou se vai encontrar uma farra aérea
muito mais séria que os sorvetes Haagen Dazs.
PS. A imagem, aí de cima, juro, não foi premonição.
Publiquei há 20 dias e não achei que ia ter aplicação literal.
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