Por Jeferson Miola
Consumado o golpe para derrubar a Presidente Dilma e interromper
o ciclo dos governos do PT que o PSDB não conseguiu licitamente nas últimas
quatro eleições presidenciais, a Lava Jato seria encerrada. Uma vez
concretizado o plano inicial, a Operação perderia sua razão de ser. Esta era a
aposta prevalente na crônica política.
A evolução da Lava Jato, entretanto, indica que os
controladores da Operação preferiram evitar o alto custo político de encerrá-la
logo após a farsa do impeachment. Optaram por continuá-la, porém ajustando seu
caráter, que passou a ser abertamente eleitoral e partidário.
Confortáveis no regime de exceção e de arbítrio que dá
guarida à sua atuação político-ideológica, os juízes, delegados e procuradores
da Lava Jato removeram a máscara da imparcialidade e da isenção que nunca
tiveram.
Perderam o pudor, abandonaram o menor senso de decência
pública e atuam acima e à margem da Lei. Se mostram tão despudorados quanto o
candidato a prefeito de Curitiba que, sem auto-censura e vergonha humana,
admite vomitar com o cheiro de pobre [sic].
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