Por Emir Sader
A obsessão de tentar tirar o Lula da vida política
brasileira, configurando uma verdadeira perseguição política, confirma que o
pais saiu da democracia e entra perigosamente no caminho de uma ditadura, por
intermédio do golpe, da ação ou inação do Judiciário e das campanhas
sistemáticas de difamação feitas pela mídia.
É o que Lula denuncia, ao afirmar que entramos num estado de
exceção, e o que expressa seu documento à ONU, seguindo o mesmo caminho de
Julien Assange, amparado pelo mesmo advogado.
O escândalo político e jurídico de acusar o Lula sem nenhuma
prova, de tentar prende-lo sem nenhuma justificativa, de buscar pela coação de
presos delações que o incriminem sem fundamento algum, configuram uma
perseguição política que supera qualquer tipo de marco democrático. Quando o
Judiciário é cúmplice dessa perseguição, quando a mídia é o principal agente
que tenta culpar na opinião publica sem nenhuma prova, os marcos do Estados
democrático de direito foram abandonados e substituídos pela perseguição pura e
simples.
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