Por Fernando Brito
Assisti, ontem, chilenos e argentinos se enfrentarem pela
decisão da Copa América.
E não foi por rixa com os argentinos, a quem admiro em
muitas coisas, inclusive no futebol, que torci pelos chilenos.
Viu-se neles garra daquelas que o João Saldanha chamaria de
“correr atrás de um prato de comida”, sobretudo quando a expulsão de um jogador,
aos 20 e poucos minutos do primeiro tempo, tinha tudo para gerar num time de
fracos um “apagão” que por aí explicasse a derrota para um time já superior
tecnicamente, como o da Argentina.
Coisa de doer num brasileiro que viu os sete a um de 2014.
Não cheguei a ver depois do jogo o chororô de Messi, dizendo
que encerrava sua carreira na seleção, que depois li ser acompanhado, sei lá se
para valer, por outros jogadores.
Fiquei pensando nos craques do passado que tive a sorte de
ver jogar: ainda um finzinho de Garrincha, um bom tanto de Pelé, um longo
padecer (para um tricolor) de Zico e um encantamento com Maradona.
Todos eles perderam pênaltis em horas decisivas. Zico, no
tempo normal, perdeu um. Na decisão, foi lá e fez o seu. Mas outros gênios,
naquela mesma disputa, perderam: Sócrates e Platini, que “isolou” a bola nas
alturas.
Nunca vi neles uma reação de “mimimi” deste tipo.
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