Por Wilson Ferreira
Discursos podem mentir, mas as imagens não. Talvez porque a
linguagem visual esteja próxima da lógica dos sonhos, ela pode revelar atos
falhos e sintomas por trás dos simbolismos políticos e ideológicos. A marca
visual criada pelo “novo” governo Temer pelo marqueteiro Elsinho Mouco
obviamente é dominada por alusões aos simbolismos da bandeira nacional. Mas no
meio do azul, verde, amarelo e branco saltam atos falhos análogos aos sintomas
da psicanálise: estranhos domínios de cores, degrades e sólidos
geométricos que, comparando as
sucessivas marcas de governos anteriores, de Collor a Dilma, tornam-se
“anomalias”. Quando a propaganda política dá o salto para convencer corações e
mentes pode cair e quebrar o pescoço, revelando as verdadeiras intenções
escondidas pelos símbolos.
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