Em
diálogos gravados em março, semanas antes da votação na Câmara que desencadeou
o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ministro do Planejamento, Romero
Jucá (PMDB-RR), sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma
"mudança" no governo federal resultaria em um pacto para
"estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga
ambos;"Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem
que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá; ele fala em
construir um pacto nacional "com o Supremo, com tudo"; Machado
concorda: "aí parava tudo"; eles disseram ainda que a operação era
uma ameaça tanto para PMDB como para o PSDB e que o único empecilho era o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), porque odiaria Cunha:
"Michel é Eduardo Cunha"; diálogo parece confirmar a tese do escritor
Miguel Sousa Tavares de que o impeachment foi uma "assembleia de bandidos,
presidida por um bandido, para afastar uma mulher honesta" MAIS
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