"Muito antes de Hernán Cortez, quem primeiro mandou
queimar os navios ao desembarcar para uma conquista foi Agátocles, tirano de
Siracusa. Sem chance de recuar, marchou contra Cartago e tomou-a com
destruição. O vice-presidente Michel Temer também faz escolha irreversível
nesta terça-feira, ao comandar, sem comparecer, a reunião em que o PMDB, sem
contar votos para não expor fissuras, decidirá por aclamação romper com o
governo Dilma. Trocando a marca da conciliação pelo confronto, Temer busca a
Presidência pela derrubada de sua companheira de chapa em 2010 e 2014, através de um impeachment que, embora
previsto na Constituição, não aponta um crime de responsabilidade
indiscutível"; a avaliação é da colunista do 247, Tereza Cruvinel; ela
prevê que o impeachment se tornará mais provável, mas diz que o eventual
governo Temer "será infernizado" pelos defensores de Dilma; "A
busca do poder exige que um político corra riscos, e Temer decidiu
enfrentá-los. Bem maiores, porém, serão as consequências da ferida para a
democracia brasileira e da turbulência para o conjunto dos brasileiros",
ressalta
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