Embora a presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar
o cargo mais alto da República, esteja correndo o risco de ser enxotada do
poder por "pedaladas fiscais", sem que suas contas tenham sido sequer
apreciadas pelo Congresso Nacional, num processo conduzido pelo político que
hoje simboliza a corrupção, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Globo, maior
monopólio de mídia do mundo, tenta convencer a sociedade de que não se trata de
um golpe contra a democracia, mas sim de um processo legítimo; além de um
editorial publicado nesta quarta-feira, o grupo também escalou o articulista
Merval Pereira para repetir a tese de que "não vai ter golpe, vai ter
impeachment", como se a deposição de uma presidente sem crime de
responsabilidade pudesse ter alguma legitimidade; do golpe que promoveu em 1964
(à época chamado de Revolução), a Globo só pediu desculpas 50 anos depois; por
mais que a Globo grite, artistas e intelectuais, como Wagner Moura, denunciam o
processo atual pelo que ele é: um golpe,
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