segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ESSE HOMEM NÃO PODE SER CANDIDATO

'Se for é capaz de vencer; se vencer será impossível impedi-lo de assumir; se assumir pode fazer outro grande governo'

Não vai ter golpe. A receita do impeachment secou no forno tucano. A crise mun
dial escancarou a fraude que atribuía ao PT o desmanche do Brasil. Dilma afrouxou a camisa de força do arrocho com dano inferior ao imaginado. Pode e deve ir além, na frente econômica e política. A reativação do CDES mostrou que é possível arrastar uma parte expressiva do PIB para fora do golpe. Não é o único broto da frente política necessária à superação da encruzilhada do desenvolvimento, mas é um passo na retomada da iniciativa para além da defensiva e da prostração.

O que sobrou ao golpismo, então?

Sobrou a última carta na mesa: decidir 2018 em 2016.

Significa matar, picar, salgar, espalhar partes do carisma e da credibilidade de Lula pelas ruas, praças, vilas, periferias, vizinhanças e campos de todo o país. 

‘Esse homem não pode ser candidato; se for é capaz de vencer; se vencer será impossível impedi-lo de assumir; se assumir pode fazer outro grande governo.’

Essa é a versão de hoje para o que dizia Lacerda em junho de 1950, quando tentava igualmente abortar a candidatura de Vargas à presidência da República: ‘Esse homem não pode ser candidato; se candidato não pode ser eleito; se eleito não deve tomar posse; se tomar posse não deve governar’.

A caçada a Lula ganhou a velocidade vertiginosa da urgência conservadora que manda às favas o pudor e as aparências.

É preciso capturar essa presa antes que ela retome o fôlego e o fôlego tome as ruas.


Vale tudo.

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